Sugestão de cânticos para a Celebração da Paixão do Senhor, da Sexta-feira Santa. Antífona de Entrada | Salmo Responsorial | Apresentação dos dons | Antífona de Comunhão | Outros cânticos.
«(...) A Sexta-Feira Santa, que comemora os eventos que vão da condenação à morte até à crucifixão de Cristo, é um dia de penitência, de jejum e de oração, de participação na Paixão do Senhor. Na hora estabelecida, a Assembleia cristã percorre, com a ajuda da Palavra de Deus e dos gestos litúrgicos, a história da infidelidade humana ao desígnio divino, que contudo se realiza precisamente assim, e ouve de novo a narração comovedora da Paixão dolorosa do Senhor. Dirige depois ao Pai celeste a longa "oração dos fiéis", que inclui todas as necessidades da Igreja e do mundo. Em seguida, a Comunidade adora a Cruz e aproxima-se da Eucaristia, consumando as espécies sagradas conservadas da Missa in Cena Domini do dia anterior. Ao comentar a Sexta-Feira Santa, São João Crisóstomo observa: "Primeiro a cruz significava desprezo, mas hoje é esperança de salvação. Tornou-se verdadeiramente fonte de bens infinitos; libertou-nos do erro, dissipou as nossas trevas, reconciliou-nos com Deus, transformou-nos de inimigos em seus familiares, de estrangeiros em seus próximos: esta cruz é a destruição da inimizade, a fonte da paz, o cofre do nosso tesouro (De cruce et latrone I, 1, 4). (...)»
(Bento XVI - Audiência Geral das Quarta-Feira de 7 de Abril de 2007)
Segundo as rubricas do Missal, esta celebração inicia-se em silêncio, havendo lugar para um momento profundo de oração silenciosa, após o qual se segue a Liturgia da Palavra. (M.R. p.251 n.8)
Salmo Responsorial
"Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito."
Salmo 30 (31), 2.6.12-13.15-16.17.25 (R. Lc 23, 46)
Diz o Missal Romano no número 18 da Celebração da Paixão do Senhor:
«18. Para a adoração da Cruz (....) Entretanto canta-se a antífona Crucem tuam (Adoramos, Senhor, a vossa
Cruz), os Impropérios ou outros cânticos apropriados.»
Assim, propõe o Missal Romano, nas páginas 272 a 277, três cânticos para este momento:
Meu povo, que mal te fiz Eu? Em que te contristei?
Responde-me.
«Impropério significa reprovação. Na Liturgia, aplica-se às queixas de Jesus contra o seu povo, que se entoam durante a adoração da Cruz, em Sexta-Feira Santa. (...) O texto actual destas lamentações ou impropérios é do século IX.
Há dois planos misturados: a queixa de Javé contra Israel, no Antigo Testamento, e a de Jesus crucificado dirigida ao seu povo, no Novo Testamento: “Meu povo, que te fiz eu, em que te contristei Responde-me. Eu tirei-te do Egipto, submergindo o Faraó no Mar Vermelho e tu entregaste-me aos príncipes dos sacerdotes.”
O canto dos impropérios conclui com um triságio de Louvor: «Hágios o Theós» (Deus Santo)»
(in Dicionário Elementar de Liturgia)
• Impropérios | Meu povo, que mal te fiz eu? – Az. Oliveira (CN 615 | NRMS 153-156)
• Impropérios | Meu povo, que te fiz eu? – A. Pinto (LD)
• Impropérios | Meu povo, que te fiz eu? – F. Santos (CN 616)
Cruz fiel e redentora, Árvore nobre, gloriosa
Nenhuma outra nos deu tal ramagem, flor e fruto:
Doces cravos, doce lenho, doce peso sustentais.
«(...) Além disso, o Missal convida a cantar, neste momento, o hino Cruz fiel e redentora. O povo crente “desagrava” assim, expressivamente, os motivos da queixa de Jesus. (...)”
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NOVO SITE O CANTO NA LITURGIA
São já quase 11 anos de caminho percorrido ao serviço da música na liturgia pelo O Canto na Liturgia. São quase 11 anos a auxiliar cada maestro, cantor e organista, que diária ou dominicalmente procuram servir dignamente a liturgia em cada paróquia através da música. Por ser preciso continuar este caminho, cada vez mais e melhor, e tendo em conta que o blogger já apresenta limitações às nossas aspirações de uma maior qualidade deste serviço, ousámos dar o passo em frente. Começámos por disponibilizar, em Março de 2020, no Facebook um Fórum dedicado à discussão de temas ligados à natureza d’O Canto na Liturgia e à partilha de composições. Logo começámos também a trabalhar numa nova imagem e, com ela, uma nova página.
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